Quem passa por aqui sabe que gosto muito de contar minha experiência pelas andanças da vida, das ruas, dos consultórios, das praças, onde encontro pessoas.
Outro dia acompanhei uma amiga muito querida à Clinica do Dr. Bogus. Ela precisava fazer uma Ressonância Magnética e estava muito estressada, havia um pré-diagnóstico de séria doença neurológica. O exame foi marcado para 18h. Depois de esperar pacientemente por duas horas, resolvemos perguntar à atendente quantas pessoas seriam atendidas antes dela. A moça respondeu: "Ainda temos um joelho, dois crânios e uma coluna". Fiquei assustada. A primeira sensação que me passou pela cabeça: aqui se examina peças do corpo, as pessoas estão com peças doentes que necessitam de um diagnóstico mais preciso. As peças são partes de um todo. Não esqueci e comentei com várias amigas aquela resposta. Não tivemos a oportunidade de conhecer o médico que realizou o exame. Por acaso, entrei rapidamente na sala do exame, e o vi pelo visor da sala onde fica para acompanhar. Confesso que tambem não o procuramos depois. E nem ele.
Mal sabia que no mesmo mês estaria novamente no mesmo local, acompanhando o William que, de repente, apareceu com um problema no braço e que também precisa de um diagnóstico mais preciso.
William queria a todo custo fazer o exame ontem e, do consultório do querido Dr Tarcisio Araújo, fomos para a Clínica. Chegamos às 18h e saimos às 22h30. A espera não incomodou, pois sabíamos que o exame não estava marcado. Ficamos Mariana e eu tentando conversar amenidades, contar piadas ou ouvir músicas. Nunca tinha visto William preocupado com doença, nem na véspera dos três cateterismos que já fez. Mas o médico que fez a ultrassonografia falou que necessitava de uma biopsia e ele se assustou muito.
Tive algumas surpresas. Quando chegou sua vez, o médico fez várias perguntas sobre o encaminhamento do exame, sintomas etc. De repente saiu da sala e nos olhou: O que houve com o Seu William?
Durante o exame e após, saiu da sala ao todo três vezes para conversar conosco. Ficamos mais tranqüilos e agradecidos. Orientou que o procurasse hoje à tarde que, mesmo sem o recebimento do laudo, me falaria do diagnóstico. William teve a sorte de ter sido chamado pelo nome e não ser visto apenas como um braço doente. E mais uma vez compreendo que determinados comportamentos são inerentes a determinadas pessoas que considero privilegiadas, porque são humanas. É o que não se aprende na academia. Essa postura humanística de determinados médicos vem também (mas não só) do primeiro ninho, é quase genético. E graças a Deus o nosso caminho tem sido permeado por médicos desse naipe e por isso digo muito que somos "mal-acostumados". Quando nos despedimos, olhei para o seu jaleco branco e li seu sobrenome. Caiu a ficha "Dr. Rodrigo Luna" . Ele é filho da Célia e do Sr.Luna, donos do Colégio Canarinho onde estudaram Jonas, Mila e Mari.
Dr Rodrigo, obrigada, o senhor deve ser dessa escola diferente, que olha o rosto do paciente que se preocupa de saber seu nome, de respeitá-lo no seu todo e não só de examinar as peças doentes. Deus o abençoe e lhe dê paciência para olhar assim a todas pessoas que necessitam do seu diagnóstico, do seu olhar compreensivo, mesmo que seja às 22h30 de um dia cansativo de trabalho.
Outro dia acompanhei uma amiga muito querida à Clinica do Dr. Bogus. Ela precisava fazer uma Ressonância Magnética e estava muito estressada, havia um pré-diagnóstico de séria doença neurológica. O exame foi marcado para 18h. Depois de esperar pacientemente por duas horas, resolvemos perguntar à atendente quantas pessoas seriam atendidas antes dela. A moça respondeu: "Ainda temos um joelho, dois crânios e uma coluna". Fiquei assustada. A primeira sensação que me passou pela cabeça: aqui se examina peças do corpo, as pessoas estão com peças doentes que necessitam de um diagnóstico mais preciso. As peças são partes de um todo. Não esqueci e comentei com várias amigas aquela resposta. Não tivemos a oportunidade de conhecer o médico que realizou o exame. Por acaso, entrei rapidamente na sala do exame, e o vi pelo visor da sala onde fica para acompanhar. Confesso que tambem não o procuramos depois. E nem ele.
Mal sabia que no mesmo mês estaria novamente no mesmo local, acompanhando o William que, de repente, apareceu com um problema no braço e que também precisa de um diagnóstico mais preciso.
William queria a todo custo fazer o exame ontem e, do consultório do querido Dr Tarcisio Araújo, fomos para a Clínica. Chegamos às 18h e saimos às 22h30. A espera não incomodou, pois sabíamos que o exame não estava marcado. Ficamos Mariana e eu tentando conversar amenidades, contar piadas ou ouvir músicas. Nunca tinha visto William preocupado com doença, nem na véspera dos três cateterismos que já fez. Mas o médico que fez a ultrassonografia falou que necessitava de uma biopsia e ele se assustou muito.
Tive algumas surpresas. Quando chegou sua vez, o médico fez várias perguntas sobre o encaminhamento do exame, sintomas etc. De repente saiu da sala e nos olhou: O que houve com o Seu William?
Durante o exame e após, saiu da sala ao todo três vezes para conversar conosco. Ficamos mais tranqüilos e agradecidos. Orientou que o procurasse hoje à tarde que, mesmo sem o recebimento do laudo, me falaria do diagnóstico. William teve a sorte de ter sido chamado pelo nome e não ser visto apenas como um braço doente. E mais uma vez compreendo que determinados comportamentos são inerentes a determinadas pessoas que considero privilegiadas, porque são humanas. É o que não se aprende na academia. Essa postura humanística de determinados médicos vem também (mas não só) do primeiro ninho, é quase genético. E graças a Deus o nosso caminho tem sido permeado por médicos desse naipe e por isso digo muito que somos "mal-acostumados". Quando nos despedimos, olhei para o seu jaleco branco e li seu sobrenome. Caiu a ficha "Dr. Rodrigo Luna" . Ele é filho da Célia e do Sr.Luna, donos do Colégio Canarinho onde estudaram Jonas, Mila e Mari.
Dr Rodrigo, obrigada, o senhor deve ser dessa escola diferente, que olha o rosto do paciente que se preocupa de saber seu nome, de respeitá-lo no seu todo e não só de examinar as peças doentes. Deus o abençoe e lhe dê paciência para olhar assim a todas pessoas que necessitam do seu diagnóstico, do seu olhar compreensivo, mesmo que seja às 22h30 de um dia cansativo de trabalho.