sábado, setembro 30, 2006

Casa do Cidadão

Fui com William a procura da Casa do Cidadão, precisávamos de novas carteiras de identidade. Nota dez para o serviço, nem parece Serviço Público. Depois de uma hora, recebemos as novas carteiras e sem gastar um tostão.
Mas aconteceu um fato que me fez refletir um pouco. Na recepção, me informei dos documentos necessários e a jovem recepcionista, me perguntou de um jeito engraçado: você é casada no papel? Tentei me conter para não rir. Entreguei minha Certidão de Casamento e enquanto esperava o atendimento, fiquei pensando: sim, sou casada no papel e na igreja mas isso é o que menos importa. Importa o amor, o tesão, a camaradagem, a cumplicidade, o aprendizado, as afinidades, as diferenças, as pazes depois dos desencontros, a lealdade, as alegrias compartilhadas, as lágrimas choradas, as preocupações divididas. Na verdade, pouco precisei desse papel.
Histórias vividas que nunca serão definitivamente escritas, porque eternas.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Adorei Ritinha, o papel aceita tudo. Imagine se ele tivesse o direito de se recusar, quando o casal nao merecesse.
Te amo.
Jonas

30 setembro, 2006 17:06  
Blogger Marcelo Dutra said...

Sim Ritinha, já existem algumas áreas onde o serviço púublico é de boa qualidade. Tenho fé e esperança que estas áreas sejam cada vez mais ampliadas. Quanto ao "papel passado" realmente é uma besteira, mas necessário em algumas ocasiões para evitar os que se aproveitam da boa fé dos outros.
Abraços...Marcelo

01 outubro, 2006 15:35  
Anonymous Anônimo said...

Ritinha,
Dificilmente penso e me lembro q o meu amor nao teve registro em papel. Na verdade isso so me ocorre em duas ocasiões: a primeira qdo anualmente preparo meu imposto d erenda e a segunda, quando tenho que preencher cadastros. Na primeira, me enquadro em OUTROS, uma categoria no mínimo engraçada e na segunda, adoto meu estado civil de alma. Definitivamente, casada. Com direito a todos os onus e bonus que esse estado civil incorpora.
De fato, e pensando bem, com papel ou sem papel, o que importa é o registro aqui, nesse cartório erguido no peito.
Te amo. Sempre.
Bjo, Marcia

27 outubro, 2006 23:49  

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