quarta-feira, março 18, 2009

O TRANSATLÂNTICO

O mar calmo e doce conduzia o Transatlântico para seu desembarque. Amigos esperavam ansiosos e inquietos. A Camerata Eleazar de Carvalho anunciava que logo mais, depois da sua música, era a hora do barco. A chuva de rosas caía tranquila pelas mãos dos alunos do Theatro, formando um tapete de pétalas vermelhas e róseas e acompanhada de olhares atentos e sorrisos doces e fartos. O violino tocava, e a menina sorria tímida com o coração transbordando de alegria, era mais um sonho realizado nos seus poucos vinte e seis anos.
A abertura coube à Sileda, que junto a Izabel foram responsáveis pelo convite de receber o Transatlântico. Sileda falou bonito, como sabem dizer as pessoas sensiveis e capazes de compartilhar a alegria. Lembrou da menina pequenina que agora vira escritora. Em seguida veio o escritor/poeta Carlos Augusto que falou sobre o livro, sobre os vários olhares da Mariana, a criação do Transatlântico, suas cores e seus tons.
A menina disse bem , falou dos seus escritos, dos seus porquês, do entender, do não entender, da sua alegria e da sua gratidão. Por fim veio o Alvaro, o editor mais jovem dessa cidade, criativo, sensível e corajoso por enveredar por caminhos novos.
A platéia era de amigos, amigos que vieram juntar-se a nós para participar desse momento de felicidade.
A noite chegou. O Transatlântico navega (e voa). Logo terá outro porto embora sem mar, será lançado em Belo Horizonte.
Voltei pra casa prenha de alegria, de bem com a vida, de bem com o mundo