quarta-feira, outubro 10, 2007

A semana começa agitada. A caçula da casa vai casar e são muitos os preparativos, e pouco tempo para programar. Graças a Deus o noivo é calmo, tranquilo e muito querido. Os dias da semana, renderam e já temos algumas coisas resolvidas. O bom da história é que ela sabe o que quer e como quer. Vai ser lindo esse momento tenho certeza. Ontem quando voltamos prá casa, encontramos flores e apesar do cansaço, escreveu essas palavras que quero deixar aqui o registro.
" Pisei em casa e encontrei flores em cima da mesa. o arranjo quase falava, daquelas rosas pigmentadas que, de tão lindas, parecem de mentira. carregam a perfeição do que a gente pensa que é fabricado. mas era a natureza todinha, em cima da mesa, com um cartão lilás, meio azul.
quando vi aquela letrinha me lembrei de todas as cartinhas que tinha recebido escritas de punho com uma caneta azul. são muitas. todas guardadas.
essa era um cartão falando de amor. como os outros. dessa vez um amor que se surpreende porque sua filha postiça de uma vez cresceu- vai se casar! entendi imediatamente que aquela era a partilha do casamento com a minha família que escolhi, e, de repente, a gente confirma o que vale na vida, o que é de verdade a delicadeza, e a tão desafiada palavra amor."
Gadelhinha também escreve bonito e seu cartão certamente ficará guardado junto as cartas que mandava de Moçambique, quando Mari ainda era uma criança.