O tempo passa rápido, e Lucas já completou quatro meses. Mila voltou a trabalhar e ele está ficando na "casa mãe" durante o dia. A Aninha, a babá, tem vinte anos e não tem experiência com criança pequena. Chega cedinho sempre sorrindo, não se ouve choro, e a casa está cheia de alegria. Fica no quarto que era da Mila e gosto de vê-lo dormindo. Deitada na cama, "velo" seu sono. Lindo, perfeito, às vezes se assusta com o barulho que vem da rua, abre os olhos, sorri e volta a dormir. Nas paredes, retratos que guardam lembranças alegres. Momentos únicos. William se pudesse não saia de casa, canta, sempre fotografando quer gravar tudo. Mariana às vezes vem do trabalho: "vim só olhar o Lucas". A experiência de ser avó só pode ser entendida por quem também o é. Escuto muitas opiniões loucas e estranhas. "Você agora é que vai saber o que é ser avó. Neto filho de filha é diferente, você vai ver"; "avó é para desmanchar o que os pais fazem" ; "é otimo ser avó, não tem responsabilidade". Acho tudo isso uma babaquice. Quanta ignorância! Participo muito de perto da educação dos meninos, sempre reforçando o que aprendem em casa e colocando também meu jeito de ver o mundo, a vida, quando eram menores também coloquei de castigo, e nunca tive problemas de qualquer ordem com o Jonas e a Loura. Quando estão sem os pais, sou a mãe mesmo. E assim será sempre, netos são filhos de forma diferente, paridos pelo coração. Presente de Deus nas nossas vidas.