quinta-feira, maio 25, 2006

"Nós dois somente..."

No começo,naturalmente,´
Éramos nós dois comente.
O tempo foi passando...
E a gente foi aumentando.
Flavinho veio na frente,
magro,feio,inteligente.
Passamos a viver assim aquela idade
Em que tudo que nos rodeia é felicidade.
A gente chega em casa,deita no chão,
O filho trepa às costas, ou então,
fica brincando de "dedo-mindim-seu vizim",
ou de " cavalim-cavalim".
... E o tempo foi passando!
E mais gente foi chegando.
De repende, muito apressadinha,
até antes do tempo, vem a Neilinha.
Cara chata, risonha, só alegria,
E um jeito especial de obter o que queria.
Um ano se passara ! Lá vem a Lena,
Fininha,meiga,frágil, um " peso pena".
No começo era chochinha
Parecia que ia ser pequenininha.
Mas quando deu de ficar grandalhona,
Ficou assim, desse tamanho: compridona.
Estudaram todos, felizmente,
enquanto os anos corriam velozmente.
Até que começou a debandada,
naquela mesma ordem de chegada.
O Flávio foi primeiro
Lá se foi morar no estrangeiro.
Depois partiu a Neile, mas nos deixou contente,
porque deixou conosco um pedacinho de gente.
E quando, mais tarde, a Lena bateu asa,
foi que sentimos mais o vazio da casa.
Mas a fossa mesmo só nos atingiu,
Quando o Danico da vovó partiu...
Nunca esqueço o seu olhar de espanto,
porque antes nunca vira do vovô o pranto
Hoje entrei no seu quarto. Sua cama vazia
envolveu-nos todos numa imensa nostalgia.
E agora, no fim, naturalmente,
"Somos nós dois somente"

Tio Firmino escreveu num dia qualquer de saudade.

8 Comments:

Blogger Marcelo Dutra said...

OI Ritinha
Que bonito. Eu queria fazer versos assim, mas não consigo. A vida é assim mesmo. Nascemos sozinhos e sozinhos terminaremos. Mas temos o amor a nos fazer companhia....
Abraços...Marcelo

25 maio, 2006 15:29  
Anonymous Anônimo said...

Tia, esse texto eh a coisa mais lindinha neh? Eu esses dias to empacotando pra fazer mais uma mudanca e achei as cartas que o Vovo Firmino me mandou. Parei, reli todas e chorei de saudade. Se vc estivesse aqui, veria que minha saudade era azul, bem bonita... saudade agradecida de ter tido um avo que transbordava tanto amor, que estava e estah sempre presente, de um jeito ou de outro. Eu sei que vc tb tem muita saudade e eh muito bom reler os textos, rever as fotos, relembrar nossa convivencia tao rica. Obrigada por nos proporcionar esse momento. Beijo grande, com amor da,
Mari

25 maio, 2006 18:02  
Anonymous Anônimo said...

tia, tu é demais!

Um Beijão enorme,

Daniel.

25 maio, 2006 18:46  
Anonymous Anônimo said...

Marcelo querido,
que bom contar com a sua força e alegria. Você pode fazer versos sim, é sou deixar fluir essa sensibilidade .Vou postar um texto que a menina La Dutra escreveu para a Wal nossa amiga. Enquanto
" os botões" estão enferrujados...
vamos ter paciência.
abraços da Ritinha

26 maio, 2006 11:24  
Anonymous Anônimo said...

Mari minha querida,
é assim mesmo: a saudade tem muitos tons e muitas cores. E assim vamos partilhando esses momentos que fazem parte das nossas histórias. Te amo muito e dê um beijão no Gustavo.
tia Rita

26 maio, 2006 11:30  
Anonymous Anônimo said...

Dani meu menino querido,
Ontem lembrei muito de você. Falamos até daquela famosa Escola de Datilografia que o William arranjou para você e o Jonas. Logo você vai saber de uma novidade, mas ainda não posso falar. É boa!
beijo grande da tia que sente muita falta dessa" grande cambada" que mora tão longe.
tia Rita

26 maio, 2006 11:37  
Anonymous Anônimo said...

fiquei aqui pensando como esses sentimentos de perda que tomam conta da gente com a partida dos filhos, sao atemporais. atravessam seculos. e sempre sera assim. não importa a idade deles nem a nossa. a saudade é assim. doída.mesmo sabendo q tem q ser assim, o coração nao resiste. chora.
beeeeeijo querida

27 maio, 2006 09:20  
Anonymous Anônimo said...

Great site loved it alot, will come back and visit again.
»

21 julho, 2006 18:18  

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