segunda-feira, janeiro 14, 2008

Os dias correm, e já se passaram 14 dias que o menino nasceu. 2008 será ser um ano melhor, assim espero, que os politícos resolvam ser homens de verdade, que as crianças possam viver uma vida digna, que a Saúde Publica seja prioridade do Governo, que a violência se transforme em Paz, e que o planeta seja mais amado, para que as pessoas possam se amar de verdade. É preciso sonhar do contrário a corda arrebenta.
Nossos meninos chegaram no dia 4, Jonas aproveitou suas 48 horas de folga para curtir o mar, o sol, e voltou apressado para enfrentar os desafios. Fica de lá acompanhando o movimento da casa, liga várias vezes ao dia. A Loura , cada dia mais bonita,fica comandando essas cabeçinhas inquietas e amadas, com muita paciência. Puxaram ao pai , sempre querem que o dia tenha 48 h. Pedro e Matheus estão crescidos. Mudando a voz, estão mais carinhosos , nossas conversas só terminam quando começa a madrugada, fica puxado para essa avó mas não me permito perder esses momentos. A Mariana caçula está mais sabida, fala prá todo mundo que vai ser a " pincesa" " do casamento da tia e fica passeando pelo corredor fazendo seus " passos " de ballet, é uma graça. Lucas fica alegre com os primos e abraça a Mari, puxa seus cabelos cacheados, e grita o seu dialeto com toda força. Está sempre sorrindo. Mari tem muito ciúme principalmente quando a Loura o coloca nos braços.
Faltam nove dias para a festa do casamento da Mari e do João , e de quando em vez sinto um friozinho na barriga, essa semana vai ser cheia de compromissos. Mari as vezes é minhã mãe, aquela mãe exigente que te diz tudo que pensa, sem nenhum cuidado, as vezes doí, arde, mas sempre me ajuda e termino agradecendo depois do susto primeiro, outras vezes é filha caçula cheia de manha e termina sempre conseguindo o que quer, outras vezes criança teimosa.
Estes dias tenho vivido momentos únicos, o quarto dela tá uma loucura, caixas de presentes pelo chão, pilhas de livros, albuns de retratos, pastas com as cartas e cartões que guarda desde criança, recorte de jornais, revistas, dvds, está juntando a bagagem que levará para a nova casa e na loucura da desorganização do quarto, encontro coisas de tantas lembranças boas que me lavam o coração de alegria.
Tê arrumou comigo parte do enxoval da noiva amada. Tê arruma tudo com um carinho que transborda do trabalho.Foi assim com o enxoval do Pedro, Matheus, Milena, Lucas. Quando Tê veio de Tauá morar conosco, Mari tinha nove anos. Acompanhou tudo, me ajudou muito a educar as meninas. Era uma guardiã para que tudo corresse em paz. Sempre selecionou o que devia me contar ou não e
depois de anos é que eu ia descobrindo as danações que não me foram contadas. Continua por aqui como um anjo da guarda, calmo, discreto e amoroso.
Nossa Stelinha chega no domingo , é a quarta vez que vem a Fortaleza para resolver os preparativos da festa é como a Mariana se preocupa com os minimos detalhes. Decidiram a decoração do buffet, a embalagem dos bem casados também é criação dela. Ontem me telefonou " não se estresse, quero você muito calma, vou dar conta de tudo " Stelinha é outro anjo da guarda da família, Deus me deu esse presente há 45 anos, é uma graça mesmo e não imagino como seria as nossas vidas sem essa amizade, esse carinho de todos os dias, a solidariedade , a cumplicidade. Acompanha tudo que acontece . É claro que também temos "nossos debates " como diz o William, discordamos muitas vezes, mas nunca os desencontros deixou nenhuma marca, só fortalece essa convivência, sempre que passa, somos capazes de discutir e reconhecer qual foi a melhor decisão.É madrinha da Mila, somos eu e William padrinhos de casamento do Tuta e do Tim, Jonas e a Margarete são padrinhos da Marcela, primeira filha do Tuta e da Melissa, eles também são padrinhos da Mari caçula. Esse entrelaçado de " parentescos " solidificou mais ainda os nossos laços de amizade. Agora será madrinha de casamento da Mari e do João. E a cada dia fica mais forte essa certeza que não precisa ter o mesmo sangue para fazer parte da família. Míria e Carlile também são nossos compadres, Ivan é um afilhado muito querido e atencioso, sentiremos a falta deles, mas estão na Africa fazendo um trabalho de Saúde Publica. São meio missionários.
A outra querida Mari, a menina da Lena, também não estará aqui, mesmo de tão longe estaremos recebendo o seu carinho e a ternura infinita que é própria dela. Essas" Maris" se entendem muito bem e são bem parecidas. A Mari daqui outro dia escreveu assim prá de lá:
" Para Mariana,
outra versão de mim que veio antes ao mundo, que semeia todo canto com um sorriso leve e uma delicadeza que só sai de quem tem no coração essa grandeza. Receba os meus escritos e os delas também.Espero que goste.
Um beijo, um carinho e uma saudade da outra de ti que nasceu depois e que fica aqui do outro lado do Mar."

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Vovó Rita,muié
Achei muito bonito o que você escreveu,particularmente gostei mais da parte que você citou as nossas conversas animadas das madrugadas.

beijos Matheus

14 janeiro, 2008 08:52  
Anonymous Anônimo said...

Vovó Rita,
Gostei muito do seu texto.
É bom relembrar os belos momentos que passamos juntos.Estou adorando essas férias.

Beijo do Pedro

14 janeiro, 2008 08:57  
Blogger barbra brusk said...

VOCÊS SÃO MUITO engraçados.
nunca vi um paulista falando MUIÉ.
aliás, nunca vi um paulista falando ARRODEAR.

eu acho bonito é a pessoa carregar o sertão dentro de si, mesmo.
que nem diz o guimarães rosa.
a pessoa sai do mato e o mato não sai dela.

MATHEUS, VOCÊ FOI TUDO NESSE COMENTÁRIO. TE AMO.

pedro, você está muito ironicozinho ultimamente. puxou a mim. gosto de ver seu humor agridoce e sarcástico.
É MEU ALTER EGO MASCULINO.

14 janeiro, 2008 18:30  

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